Um Puro Sangue chamado HALLS.

De cara, como apreciadora da raça, notei algumas características evidentes e fiz um diagnostico técnico e muito simples: -”Trata-se do descendente de uma linha evolutiva, resultando um legitimo Puro Sangue. Possui ele características distintas, tornando-se dessa forma num ser superior aos demais”.

Embora Halls não estivesse a venda, eu jamais o compraria. O bicho é instintivamente indomável e insano. O que me colocaria em risco.

Parou aí.

Do outro lado da cerca, Halls sentindo o meu cheiro de fêmea, passa a me instigar, a me rodear, a fazer barulhos e estremecer o meu chão num galope forte fazendo levantar uma poeira onde não se via nada a frente. Nem presente, nem passado e muito menos futuro.

Ele quer ser testado por uma amazona de verdade e vem me provocar.

E nisso fica insuportavelmente desejável...Sendo eu o ser racional da história, o fato de ficar frente a frente com o perigo fez despertar os meus instintos mais primitivos em nome da sobrevivência e da superioridade da minha espécie amazona. Ou seria Diana, a caçadora? Diana, Luciana, todas são mulheres indolentes!...E predadora também.

E ele, sendo um animal apurado, raçado ao extremo, percebendo os meus movimentos, pula a cerca e invade um território sagrado onde só devem ficar os dominantes.

Pronto...estamos agora do mesmo lado!

Minha vontade consegue aos poucos ir sendo superada por minha dignidade e aceito a montaria.

Primeira regra dele: Sem arreios.

Segunda regra minha: Não me machuque.

E pêlo com pêlo eu subo e sinto na ponta dos meus dedos o corpo do animal a pulsar...

É forte , é grande, é quente, é duro na mesma proporção.

Halls dispara me fazendo sentir um medo danado, mas me oferece seu corpo todo como proteção.

E sem me garantir nada, ele vai me levando a lugares nunca antes percorrido e num trote que eu já desconhecia, só fantasiava desde o momento que o conheci.

Naquele instante, sou tomada por uma onda de insegurança e de certezas misturadas de baixo para cima e de cima para baixo que só resta me entregar a ele... E deixar que pelo menos dessa vez o animal me conduza, pois ele é infinitas vezes maior e mais forte que eu.

E ele vai e vem seguro de si... me mostra seus melhores movimentos. Horas suaves horas selvagens, mas todos livres e espontâneos.

Percebo que embora ele esteja determinado a me envolver, a galopar na minha alma com o firme propósito de querer fazer inverter o meu papel de dominante ao de dominada.

Seus instintos também estão todos aguçados e ao menor perigo ele está pronto para reagir.

Essa característica macho de ser me fascina mais ainda.

Naquela adrenalina toda os nossos cheiros e fluídos se misturam numa alquimia muito louca, transfomando-se num liquido de aroma embriagador que brota da nuca, vem pelo pescoço, chega na pontinha dos peitos e desce pela barriga, inunda o umbigo e escorre pelas minhas pernas até cair no chão.

Que chão???????

Pronto... Nos Experimentamos... Agora não tem volta. É daí para melhor.