POR OPÇÃO OU PROFISSÃO: SEJA UMA PUTA SEM MODERAÇÃO.

Por Vandré Vilella (aquele meu amigo seguidor/descarado/sem noção)
“-Fiquei muito feliz ao ter recebido o aval de Luciana para escrever o meu ponto de vista aqui em seu blog, referente ao post “PUTA DE UM HOMEM SÓ”. Depois do anúncio, percebi que muitos postaram o seu posicionamento com um vasto conhecimento de causa. Cada um com suas especificidades e com as suas experiências. Achei os relatos incríveis. Concordo muito com a sua “prima de profissão” quando ela diz que as putas por profissão exercem certo fascínio nas mulheres e nos homens. Talvez nos homens pelo simples fato de comprar o prazer como um commoditie (vide comentário do amigo) e isso é uma verdade. Nesta compra, o homem demonstra o seu poder dominador e possessivo de macho sedento perante as suas perversões sexuais, sendo o ápice do prazer, ou melhor, o gozo concreto, na etapa “pague o meu dinheiro e vista a sua roupa” .
Mas voltando ao post, acredito que rebater o que já foi discutido por aqui será uma incoerência e uma prepotência por minha parte. Primeiro – Não tenho conhecimento de causa para poder argumentar contra as putas por profissão. Acredito que a nossa amiga em sua nota de “repúdio” conseguiu traduzir todas as nuances do seu ofício. Nós, pobres trabalhadores com carteira assinada, vendemos também o nosso corpo através de nossos serviços prestados e ainda assim, não temos essa gama de privilégios a ponto de sermos “cortejados e paparicados” como elas. Esse é um mérito para as profissionais do sexo. Neste ponto, temos que sentir inveja mesmo, pois todos nós, “Putas da CLT”, não temos tantas regalias como essas, a ponto de receber presentes, sair com pessoas influentes, freqüentar os melhores ambientes e ainda por cima sentir prazer. Segundo – Continuo sem conhecimento de causa dentro do contexto das putas por opção. Não fui casado e nem tive experiências a este ponto. Mas julgo que toda mulher que é mulher, deve prezar pelo bem-estar do seu relacionamento e servir o seu “macho” com todos os requintes de promiscuidades possíveis e impossíveis. Isso sim traduz o significado do amor visceral. Que se entrega sem pudores e sem juizo de valor. Neste sentido, “introduzo” aqui o meu ponto de vista com uma frase do Anjo Pornográfico, Nelson Rodrigues, no qual ele diz que “Se cada um soubesse o que o outro faz em entre 04 paredes, ninguém se cumprimentava”. A verdade é que todos nós por mais moralistas que sejamos, temos lá as nossas fantasias e os nossos desejos mais profundos. Desejos estes na maioria reprimidos com receio... medo de que alguém descubra e acabemos de uma hora para outra com a nossa rePUTAção. Essa hipocrisia faz com que não enxerguemos o PAPEL SOCIAL DO SEXO. Isso mesmo, a exemplo de outras ações sociais que cumprimos durante o nosso dia a dia (agora sem hífen) o sexo também cumpre a sua: “proporcionar prazer ao próximo” sem estabelecer limites e tabus. Quando vivenciamos o papel social do sexo não poupamos energias. Somos aquilo que desejamos ser: Homens, mulheres, animais...Interpretamos os mais variados personagens, fantasiamos, usamos máscaras, rompemos preconceitos, destruímos lares, construímos lares, formamos casal de dois, casal de três, de quatro... Entramos em uma atmosfera com tamanha sede e “fome” que neste caso não podemos interpretar tudo isso como vulgaridade ou perversidade sexual, mas sim como pobres pecadores humanos, que tenta se redimir sendo gratuitos. Nesta ótica, são poucas pessoas que conseguem viver sob essa filosofia de vida, pois, a maioria teme ser recriminada pelo superego da sociedade simplesmente pelo fato de ajudar alguém a alcançar o gozo. Não estaríamos sendo mais desumanos se negássemos a outrem esses poucos segundos de prazer? O que ainda está faltando em nossa sociedade é mais generosidade no sexo. Talvez se fôssemos gratuitos no prazer, teríamos pessoas menos infelizes, ansiosas, depressivas, violentas, desesperadas, perturbadas e insatisfeitas. Diminuiriam o número de aventuras, amantes e casos. Todos os homens e mulheres teriam a graça e oportunidade de viver sob as efemérides do sexo com muito mais prazer, e assim, construiríamos uma REPUTAÇÃO. Sim isso mesmo que você leu, a reputação é formada por uma PUTA de uma AÇÃO. A gratuidade na qual me refiro é fazermos aquilo que nós desejamos fazer. É praticar toda nossa lascívia que já vem recalcada por essência. Se entregar com mais facilidade nesta busca incessante do prazer e alcançar o ápice da putaria com o pudor desmedido de quem se pratica uma construção onírica, por exemplo. Neste ponto, concordo com as putas por opção. Elas sabem realizar os desejos de seus homens com a maior generosidade possível e faz tudo isso por amor ao seu parceiro. Sei que a maioria das prostitutas precisam sobreviver e por isso cobram por seus serviços e não estou aqui para condená-las, afinal, quem sou eu para poder fazer isso. No entanto, estou aqui para começar uma campanha. Já está na hora de enxergarmos o papel social que o sexo representa. Vamos pensar menos, praticar mais, se arriscar mais, fantasiar menos e se entregar mais. Acredito que já é hora do governo conceder uma bolsa sexo para todas as putas por profissão através do PGS (Programa de Gratuidade Sexual). Assim, elas possam se sustentar e continuar sendo da vida, do mundo, de todos... simplesmente pelo engajamento social nesta causa.
Para as solteiras, esta campanha chega num momento onde aumenta o número de descasadas ou aquelas que ainda não conseguiram arrumar um casamento, então, já que não foram de um homem, agora seja de todo mundo. Convido todos para participar desta campanha. Gratuidade no sexo, Já! Caso queira comentar, envie através do e-mail (lu.serie.ouro@hotmail.com) dizendo assim: "-sobre post "tal". Caso queira uma Puta por Opção só pra vc, envie sua mensagem através do mesmo e-mail.