COM LICENÇA, EU VOU À LUTA!

Todas as vezes que me envolvo com alguém ou com alguma coisa, deixo de ser um pouco eu e passo a viver em função do que estou sendo envolvida.

Para uma leonina do primeiro decanato, com ascendência em fogo, extremamente instintiva e hormonal, deixar de ser eu para ser outro, isso, é a minha expressão máxima de apreço e bem querer.

Mas, por algum motivo transitório, acabo me perdendo no caminho, pois como diz o ditado popular - tudo que é demais, sobra.

Sendo assim, como toda mulher, acabo me transformando numa mariazinha a mercê dos acontecimentos e da vontade de quem me quer, e quando quer! .

Só que, a minha natureza é selvagem... Predominantemente selvagem.

E a sensação de conter os meus impulsos sexuais, de abrandar os meus instintos e racionalizar as minhas emoções para que sejam adequados aos motivos do outro, isso paralisa o meu cérebro e passo a me sentir acuada – domada – ameaçada – insegura.

Quando o envolvimento é tanto, a minha inteligência intelectual terminar apanhando horrooooooores da minha inteligência emocional. Não dizem que o amor é cego?

Pois bem, ninguém é inteligente quando ama.

Mas eu não posso ser assim. Tem uma legião de fãs cobrando atitudes rsrsrsrs.

Sendo caçadora, preciso está sempre a espreita e com os meus estimulos aguçados para não perder meu principal foco. Ser feliz! Pois só se faz alguém feliz quando se é.

Dessa maneira, não por futilidade me coloquei mais uma vez na frente do espelho e por instinto de sobrevivência busquei o meu eu. Era hora de me despir daquela casca frágil e fina a qual me via envolvida.

Vi a minha imagem nua, vi os meus olhos brilharem no escuro feito faca. Vi os meus peitos crescendo, a minha bunda empinando, o meu corpo serpenteando, as minhas bochechas esquentando, o meu rosto corando, a minha vagina piscando, as minhas mãos bailando no espaço sobre efeito de um som que só eu podia ouvir, pois era o meu coração pulsando num ritmo louco e sensual.

Pronto!!!Ali estava eu de volta. Uma guerreira, marketeira trepadeira e blogueira. Uma típica leonina e não mais uma gatinha de colo.

Nesse momento pude entender o motivo pelo qual chamo tanto a atenção. Não sou um acaso. Sou um privilégio de poucos, sou prêmio por merecimento, sou espólio de guerra, um presente. E pensando nisso, me masturbei e fui dormir apaixonaaaaaaaaaaaaaaaaaada por mim!