Contando essa história, estou correndo o risco de ser considerada louca, mentirosa, ou mesmo que faço uso de drogas, ou também, que estou querendo aparecer, mas nenhuma dessas impressões são válidas. Juro!
A uns 6 anos atrás, quando viajava com meu ex-namorado, numa das muitas viagens que fizemos juntos pelo Brasil afora... estávamos exatamente ás 17:30h, fim de tarde, na Chapada Diamantina, bem no meio da serra da Mangabeira a 50km da cidade de Ibotirama-ba onde iríamos dormir, para no outro dia chegar a Barreiras-ba, pois normalmente não viajávamos a noite.
Nisso, descendo a serra numa pista sinuosa, onde embaixo se via um precipício assustadoramente lindo, lá íamos nós, traaaaanqüilos, admirando a paisagem, ouvindo o cd de Zé Ramalho ” 20 anos de Antologia Acústica” quando do nada, surge bem na frente da pick-up, um facho de luz brilhante e de um colorido indescritível!!!
A noite estava caindo, então podíamos ver as luzes numa intensidade fabulosa!!! E essas mesmas luzes sumiram em nossa frente feito um raio, sem deixar rastros, numa velocidade de um piscar de olhos.
Meu ex-namorado freou o carro, ficamos alguns segundos olhando o horizonte procurando entender o que foi aquilo???!!!logo em seguida nos fitamos aflitos mas maravilhados, isso tudo sem dizer uma palavra!
Aquele silêncio foi transformado instintivamente num pacto.
Nós não iríamos contar essa história p/ ninguém.
Lembro que continuamos nossa viagem calados, dessa vez sem música , pois acabávamos de passar por uma situação tão marcante que tudo ficou sem importância.
Olha, eu não sei o que vi, não faço uso de drogas pois sou vaidosa demais p/ colocar essas porcarias dentro de mim, então isso significa que também não tava sobre efeito de nada; mas se alguém me contasse uma coisa dessa envolvendo a Chapada Diamantina, Zé Ramalho cantando provavelmente “O Índio”, fala a verdade, não parece história de maconheiro?!.
Só que aconteceu comigo.
Comenta aí!