DEUS E EU NO SERTÃO...música de Victor e Léo. E trilha sonora desse post.

...e saindo da sala da justiça onde estive em causa própria, ela , A JUSTIÇA em forma de mulher belíssima, cabelos negros revoltos, perfumada, decotada, batom carmim e salto 15 cm, segurou firme e demoradamente a minha mão na hora da despedida, olhou-me fundo nos olhos e naquele momento meu coração esquentou.
Para mim, não foi um simples cumprimento. Aquelas mãos brancas e delicadas que antes eu havia pensado ser apenas um porta anéis de ouro mássico, seriam portadoras também de um calor humano intenso e que como não bastassem vinham acompanhadas de um olhar terno e afetuoso. Deu-me a certeza naquele momento lindo, que eu não estava sozinha e que pela primeira vez eu tocava a mão da Justiça dos Homens, e de homens trabalhadores em terras sertanejas. Isso me fez entender que se descampei veredas – cerrados – chapada e caatingas, me dando hoje nos sertões, não terminaria meus dias simplesmente morrendo de morte morrida. E quando ela, A MORTE, vier me procurar que seja então por uma BOA CAUSA.
E a saga continua.