INVEJA...

Eis um dos sentimentos mais torpes e difíceis de serem eliminados da alma humana. Trata-se de um dos vícios mais comuns e que mais causa sofrimento à humanidade.
Conheci pessoas que se colocam como cães de guarda, sempre alertas ao menor ruído. Basta alguém se destacar em alguma área, por mais ínfima que seja e lá estará ela, a inveja pronta para apontar o dedo e tentar minimizar o feito de seu próximo.
Uma roupa diferente, um calçado ou mesmo um brinco ou pulseira bem colocada, já se torna motivo para elogios, nem sempre sinceros.
As mulheres que me perdoe afinal sou mulher, mas elas são pródigas nesse tipo de expediente.
A Inveja e a vaidade, esses dois gigantes da imoralidade, filhos diletos do egoísmo, combinados proporcionalmente com o que estou dizendo, forma um trio de ferro corrosivo, uma espécie de três mosqueteiros às avessas. Uma potência repugnante e nauseabunda, uma espécie de tríade repulsiva e sinistra.
Em função desse sentimento mesquinho, na busca tresloucada de espaços é muito comum vermos subgrupos dentro de um mesmo grupo, a popular panelinha, um tipo de trincheira, um gueto mesmo, que se arma contra os que tentam conquistar o seu espaço por mérito moral e intelectual. Esses grupinhos promovem fofocas, queimam pessoas, malham as legítimas lideranças como se fossem Judas, desmerecendo o trabalho realizado e promovendo intrigas.
Tudo por inveja. Não há dor de cotovelo que suporte ver alguém procurando crescer e ser reconhecido pelo esforço próprio. A minha recompenssa nesse caso é ver que a cobiça, a avidez desmesurada e destrutiva proporciona um quadro de morbidez e infelicidade para aquela que se alimenta desse sentimento maligno.
A invejosa começa agir pelo boicote, depois vai minando com fofocas e pequenas atitudes estrategicamente montadas, a fim de destruir o novo trabalhador, e quer provar ao menos para si mesma, que o espaço é dela e somente dela.
Mas acabei aprendendo que se algumas invejosas nos causa repulsa ou ódio e realmente queremos estar o mais longe possível desta pessoa, a melhor forma de fazê-lo é não odiá-la. Se me permito cair nesta armadilha do rancor, principalmente das rixas, viverei a ingrata experiência de ter estas pessoas muito próximas a mim.