Era uma vez… numa terra não muito distante… Uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como a cor do maravilhoso lago e do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas que ela se propunha a passar de acordo com a semiótica de todos os visitantes. Então a rã pulou para o seu colo e disse: - “Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito”. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. Viveríamos de acordo que a minha disposição de tempo e de humores, Te faço sexo uma vez na semana ou duas no máximo se não tiver coisas mais importantes para fazer; Não me perguntes onde fui com meus amigos e o que eu estava fazendo tanto tempo fora de casa; Depois que eu não tivesse mais assuntos deixarias que tu falasses tudo aquilo que quisesse desde que seja apenas coisas do meu agrado tipo: eu sou lindo, inteligente, maravilhoso, sensacional; Que não se faça de ofendida todas as vezes que eu for grosso contigo, pois isso só me deixa com vontade de continuar a te ofender; Que não dependas de mim para nada e tu ainda terias o privilegio de preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os meus filhos, mas que isso não faça barulho para não interferir no meu intelecto enquanto preparo os meus projetos ou mesmo quando estou na frente da televisão. “E assim, seríamos felizes para sempre…”. Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho e de um finíssimo vinho branco Terra Nova, a princesa sorria, pensando consigo mesma: - Nem FO-DEN-DO!!! Luis Fernando Veríssimo (com algumas adaptações)

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